22 mil câmeras e análise facial na Copa do Mundo do Qatar.

22 mil câmeras e análise facial na Copa do Mundo do Qatar.

Sediar a Copa do Mundo FIFA não é uma tarefa fácil, tirando todos os preparativos visuais, o que a gente consegue acompanhar, como shows, cerimônias e as partidas, no backstage é preciso uma verdadeira operação de guerra.

Os desafios de receber um evento como este são diversos, como mobilidades urbana, hotéis, atrações e é claro a segurança. Para o evento deste ano o país que tem um dos melhores índices de segurança do mundo (IPG 2012), conta com um centro de comandos digno de filme de ficção cientifica, destes que a gente só vê na NASA.

Se olhar com atenção você vai se deparar com alguma câmera de monitoramento, são centenas delas espalhadas pela cidade de Doha, capital do país sede do Mundial de Futebol 2022. Ao todo são 22 mil câmeras espalhadas pelos estádios e principais acessos, câmeras que além do funcionamento de monitoramento, também são equipadas com tecnologia que faz reconhecimento facial, mapas de maior circulação e acredite se quiser, o software consegue identificar expressões faciais como dor ou choro, contribuindo assim para alertas de conflitos ou situações de emergência.

Todos as imagens chegam ao Centro do Operações e em tempo real a Inteligência artificial faz a análise do conteúdo e dispara os alertas, o operador acompanha o sinal, enche a tela do seu monitor e confirma se existe ali uma situação de emergência, acionando o agente de segurança mais próximo do local.

“Temos a capacidade de monitorar remotamente todos os sistemas e, portanto, mudar o comportamento nos estádios”, disse Niyas Abdulrahiman, diretor executivo que estava com os organizadores, à Associated Press.

Não é de hoje que a inteligência artificial contribui para a segurança de grandes eventos, monitorar para conseguir uma resposta a situações de emergência e mais importante conseguir gerar dados para que situações possam ser evitadas e medidas de segurança possam ser previamente pensadas.

Isso não é uma exclusividade de grandes países do Oriente Médio ou cidades muito ricas.

Não se engane! Se você acha que inteligências como essa são uma exclusividade do Qatar. Sim é inegável que o país é bastante rico,e investiu muito neste Mundial, mas voltando os olhos para o Brasil, você encontra cidades menores e inclusive empresas privadas que já utilizam o Reconhecimento Facial e análise de comportamento para contribuir na segurança e na tomada de decisões.

No estádio do Mineirão por exemplo o reconhecimento facial já funciona desde março de 2022 e na sua estreia identificou pessoas que pularam a catraca ou que estavam com algum mandado de prisão expedido pela justiça mineira.

Já sabemos o quanto a análise de vídeos e reconhecimento facial podem auxiliar as cidades com relação a segurança, e que essa tecnologia está cada vez mais frequente no mundo, resta saber quanto tempo os gestores públicos vão levar para entender a tecnologia e começar a utilização em favor das cidades, as tornado mais seguras e inteligentes.